Este artigo resgata a verdadeira origem da Parditude Brasileira, conceito político, estético e social que nomeia a existência da maioria mestiça do Brasil. Muito antes de se tornar pauta em vídeos virais e discursos acadêmicos, a ideia já era defendida por Lívia Zaruty, criadora do Projeto Etnia Brasileira em 2010.
A publicação revela como o termo parditude nasceu de uma vivência invisibilizada: a de quem não é branco, nem retinto, mas carrega no corpo os traços da miscigenação brasileira — e, por isso, foi historicamente excluído tanto do movimento negro quanto das políticas de identidade.
Lívia explica como foi a primeira a denunciar os riscos do apagamento dos pardos, a manipulação política da categoria e a explosão de fraudes raciais por pessoas brancas miscigenadas. Ao reconstruir essa narrativa, o texto reafirma que a Parditude não é moda nem invenção recente — é uma luta antiga, com autoria, história e nome.